"O brasileiro, naturalmente, se educa pouco, lê pouco, faz poucos cursos e procrastina muito. Não à toa, nós temos o maior índice de ansiedade de todos os países do planeta Terra", lamenta Yuri Utida.
Entretanto, porque um ansioso tende a procrastinar mais? Yuri Utida explica que o cérebro busca o máximo de prazer com o mínimo de esforço possível e põe no automático atividade diárias e criam decisões inconscientes e instintivas.
A pessoa prefere se entregar à atividade como as redes sociais, comidas e interações sociais circunstanciais e dispensáveis e deixa de lado tarefas essenciais a médio e longo prazos, que não são prazerosas e que, quando não realizadas, geram um alto grau de ansiedade no indivíduo.
A forma como a pessoa conduz a rotina, os gatilhos mentais e os hábitos ruins podem piorar o nível de procrastinação de um indivíduo até que ele perca o controle sobre a própria vida e se entregue a um sentimento de frustração constante, alerta o especialista em neurociência comportamental.
Yuri Utida diz que a procrastinação é uma vilã de sonhos, pois adia ações que poderiam estar construindo os caminhos para a carreira, o relacionamento e a vida que a pessoa deseja, ou seja: é uma clara autossabotagem.
A boa notícia é que é possível não apenas superar a procrastinação, como também usá-la a favor do indivíduo. Segundo Yuri Utida, o primeiro passo para parar de procrastinar é reconhecer esse comportamento.
Renata Moreira
Mafê Capelli
Rahabe Barros