Olimpíadas de Tóquio expõem a falta de patrocínio e investimento nos atletas brasileiros
Ser atleta olímpico significa superar muitas dificuldades. Para os brasileiros, o problema é ainda maior, já que não há investimentos e patrocínios suficientes. Saiba mais sobre a questão!
Dados do Globo Esporte mostraram que dos 309 atletas olímpicos brasileiros, 231 dependem do Bolsa Atleta - recurso que não teve edital lançado em 2020, reduzindo o número de participantes.
Além disso, o levantamento aponta que 131 dos atletas brasileiros não têm patrocínio, 41 precisaram fazer vaquinha para comparecerem às Olimpíadas e 33 dividem os treinos com outras profissões.
Não à toa, muitos atletas moram fora, como a tenista Laura Pigossi, que vive na Espanha. Sua dupla Luisa Stefani e o nadador Bruno Fratus moram nos EUA. Os três ganharam bronze em suas modalidades.
(Crédito: Instagram | @charithra17/Reprodução)
Para quem fica no Brasil, a realidade é complicada. Vitória Rosa, de 25 anos, que compete no atletismo, está sem patrocinador desde 2019. “Foi um ano muito difícil, com vários cortes”, diz a jovem.
O investimento em atletas mulheres é ainda menor. A ONU mostrou que, na Copa, a FIFA ofereceu benefício de U$400 milhões para 32 equipes masculinas e apenas U$30 milhões para 24 equipes femininas.
Marta é um exemplo disso. A capitã do time de futebol foi considerada a melhor jogadora do mundo por seis anos e segue sem patrocínio justo, que pague o que ela merece pelo trabalho.
Por isso, a jogadora participa do movimento “Go Equal”, que fala sobre igualdade de gêneros nos esportes. Em vez de logo de marcas, é o símbolo da campanha que preenche suas chuteiras.
(Crédito: Instagram | @goequal / Reprodução)
Esse é um problema constante, não só durante as Olimpíadas. Para ajudar nossos atletas, podemos contribuir com doações à instituições e procurar votar em candidates com propostas sobre o tema.